Ufa, que ano, hein? Ano da intolerância política, social, religiosa e racial. Fazia muitos anos, ao longo da minha existência, que não via nervos tão acirrados assim. A “intolerância burra” avançou demais no País. As agressões saíram da esfera virtual e partiram para o real. Tornou-se arriscado manifestar opinião política sob o risco da agressão verbal e física. Isto se via no contexto de fanáticos por times de futebol, dentro e fora dos estádios. Agora não.

Bem, o ano está acabando. Vamos aproveitar os rituais de passagem e fazer nesta virada uma lavagem cultural e política. Vamos jogar no mar, ou no ar, a “intolerância burra e violenta” que assustadoramente cresce no País. Sei que é ingênuo falar desta forma, mas vale a pena tentar. Aqui cabe o velho chavão “tamo junto”. Sim, estamos no mesmo barco e se cada um remar para um lado, ele não sai do lugar.

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Quando parei para escrever este texto havia pensado em algo mais poético, mais leve, mas ele acabou enveredando para este lado, talvez para expurgar as barbáries de 2019 (lama rio abaixo, ataques pessoais, ataques no congresso, gente estúpida no governo etc). Então, vamos agradecer o ano que está indo embora, mesmo que ele não tenha sido exemplar em tudo (sempre temos algo bom a festejar), e à zero hora vamos resetar a máquina. É um reiniciar hipotético, mas que dá forças, energia e esperança para tocar mais um ano em nossas vidas. E vamos combinar que em 2020 seremos mais civilizados.

Como dizia nosso “vecchio talian” de Barão de Cotegipe, a cada virada de ano, ao sabor de várias taças de vinho tinto feito com uva colhida no sítio: Buon principio e coraggio nene”. Vamos precisar. Em Cotegipe também havia a tradição de, logo cedinho, as crianças irem bater nas casas de vizinhos, amigos e parentes e desejar bom princípio de ano. Em troca, a pessoa homenageada presenteava com doces ou algum trocadinho. Era um bom começo.

Feliz 2020 a todos nós!!!!!!


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