Reproduzo abaixo a matéria publicada no jornal Bom Dia, no dia 05/02/2020, escrita por Kaliandra Alves Dias, que mostra mais uma mulher cotegipense se destacando fora da cidade, desta vez em uma área dominada quase que exclusivamente por homens. Para ler no site do Bom Dia, clique aqui.

Carin Valesca de Quadros Nascimento
Carin Valesca de Quadros Nascimento enfrentou preconceito e precisou mostrar suas habilidades (Foto: Divulgação)

Os primeiros chutes que foram dados em uma quadra de futsal em Barão de Cotegipe, se transformaram em sonhos que estão começando a se tornar realidade no futebol de campo. Aos 17 anos, a cotegipense Carin Valesca de Quadros Nascimento, foi aprovada em uma seletiva na Chapecoense. “No começo foi difícil acreditar. A ficha não caia. Tentei me segurar para não chorar, pois é uma alegria imensa pensar em que foram anos se dedicando para que chegasse este momento. Agora sou uma atleta da Adell/Chapecoense”.
A apresentação da jogadora no time de Chapecó será no fim de fevereiro.
Sonho começou na infância
Incentivada pelo pai, Carin acompanhava-o em diversos jogos que eram realizados pela região. Aos poucos, o amor pela bola foi crescendo e aos poucos, a cotegipense passou a jogar em uma quadra próxima à sua casa.
Os treinos começaram em uma escolinha de futsal em Barão de Cotegipe, quando Carin tinha apenas oito anos. E desde o início, a jogadora sofreu preconceito, e precisou mostrar a sua capacidade. “Eles não acreditavam no meu potencial, e isso foi um dos motivos para que me esforçasse cada vez mais para mostrar que o futebol não seria só para meninos/homens”, destaca.
Aos 15 anos, Carin apostou no futebol de campo e passou a treinar em Erechim. “Sempre sonhei em ser uma jogadora de futebol, mas no momento em que comecei a jogar com os meninos não havia muitas oportunidades somente em campeonatos pela região, os quais também jogava com meninos”. Atualmente, a cotegipense é atleta da Escolinha do Odair e no começo do ano, participou da seletiva em Chapecó. “Foi uma semana indescritível, conheci pessoas incríveis e também de muito aprendizado. Ano passado, participei de uma outra seletiva da Chape, mas não deu certo. Continuei me dedicando nos treinos para que quando tivesse a próxima seletiva conseguisse a aprovação. E consegui”.
O futebol feminino
Após a Copa do Mundo que foi realizada na França no ano passado, o futebol feminino no Brasil vem tendo mais visibilidade. Mas a busca por equidade, visibilidade e também investimento continua. “O futebol feminino hoje está evoluindo, mas infelizmente ainda há muito preconceito e pouco investimento. Como há pouca divulgação na mídia isso acaba fazendo com que o futebol feminino tenha menos valorização”, finaliza Carin.

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