*Informações e fotos da Zero Hora

Um incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, na madrugada deste domingo, dia 26 de janeiro, deixou 236 mortos, segundo o Corpo de Bombeiros. Na boate acontecia a festa de quatro cursos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) — Agronomia, Medicina Veterinária, Pedagogia e Tecnologia dos Alimentos. Ainda no local, ocorreria a festa de um bloco de carnaval da cidade, o Nagandaya. A bota tem capacidade para 2 mil pessoas, mas não se sabe, até o momento, qual era a lotação do local. 

A tragédia em Santa Maria já é apontada como a terceira maior em clube noturno do mundo e a segunda maior tragédia do Brasil, só superada pelo incêndio em um circo em Niterói (RJ), nos anos 60.



Segundo informações extraoficiais, o fogo teria começado por volta de 2h quando um indegrante da banda usou um artefato que provocou faísca e desencadeou o fogo no teto da boate.  A maioria dos mortos, todos jovens, ocorreu por asfixia provocada pela fumaça. Conforme os bombeiros, parte da parede teria sido quebrada por pessoas para que pudessem auxiliar na saída e para ajudar a ventilar oxigênio.


Michele Schneid, 22 anos, que trabalhava no caixa da boate Kiss diz que, no momento do incêndio, haveria uma equipe de 23 funcionários trabalhando no local. Ela conta que as pessoas começaram a gritar "fogo" e foi intensa a correria para se abrigar nos banheiros da boate.

_ Eu escutei as pessoas gritarem 'fogo' e foi uma correria. Muita gente correu para os banheiros e acabou morrendo asfixiada _ relata a sobrevivente.
Na tentativa de identificar os nomes, o Instituto Geral de Perícias (IGP) tem colocado documentos de identificação — como identidade, carteira nacional de habilitação, entre outros — e celulares foram colocados nos peitos destas vítimas.

Dentista conta o que viu
O relato de um dentista que estava na boate Kiss, em Santa Maria, na madrugada deste domingo, afirma que o incêndio teria começado já na primeira música do show da banda que se apresentava no local. A partir daí, instalou-se o caos no local, com a tentativa de saída dos frequentadores.
— Tem um corrimão para organizar a fila, e era tanta gente empurrando que ele parecia um arame. Ele ficou trancado e começou a cair gente — afirmou o dentista, à Rádio Gaúcha.
Segundo ele, o ambiente era de pavor — a boate, cujo público ficaria entre 18 e 30 anos, estaria lotada. O dentista também contou que só conseguiu sair porque tinha combinado de encontrar uma amiga perto da porta.
— Vi gente morrer na minha frente — lamentou.
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