Quando o Grêmio esteve em Cotegipe, vários jornalistas visitaram a cidade e belos textos foram produzidos. É uma visão externa, isenta, de um profissional da comunicação. Destaco essa parte do texto do repórter Leandro Bhers, publicado em Zero Hora, para os cotegipenses que estão longe da terrinha.

Na cidade, ainda é possível dormir com porta destrancada

Barão de Cotegipe é um pequeno e rico município do Norte. A ervateira da cidade vende para Uruguai, China, Polônia, Japão e Austrália. O município exporta 5 milhões de frangos ao mês e também manda para fora suínos, leite e joias. Abriga cinco grandes distribuidoras de medicamentos. O PIB de R$ 7,6 mil por habitante faz com que maioria da população seja de classe média alta. A cidade colonizada por poloneses, italianos e alemães desconhece miséria e violência.

– Aqui ainda se dorme com a porta de casa destrancada – conta o colorado Gilberto Balbinot, dono do hotel que virou QG gremista. Além de contar com a maior torcida na cidade – cálculo admitido pelos colorados locais –, o Grêmio tem um ídolo nascido e criado em Barão: Baidek.

Os familiares do zagueiro campeão do mundo em 1983 ainda moram na cidade. Embora viva em Lisboa, onde virou um dos maiores empresários do futebol, Baidek é assíduo nas peladas de final de ano. Orgulhosa de receber o Grêmio, a cidade se mobilizou para a ilustre visita. Nos últimos dias, a chegada do Grêmio pautou as conversas. 

Na avenida principal, onde há um restaurante simples, o armazém de secos e molhados, o posto de gasolina e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, a agitação pela chegada da visita ilustre era perceptível. Será assim até o meio da tarde de domingo, quando Barão de Cotegipe se despede do Grêmio e retoma sua calmaria. (Leandro Behs)

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