Marcelino Vieira, 106 anos completados dia 10 de janeiro

Faleceu às 21h da noite de quarta-feira, 8 de agosto, em um hospital de Erechim, o morador mais velho do município de Jacutinga. Marcelino Vieira, tinha 106 anos de idade. Ele faleceu devido a problemas intestinais, embora não se queixasse de dores há muito tempo. Ele está sendo velado no asilo de idosos da cidade de Jacutinga.

Marcelino Vieira vivia no Asilo Santo Antonio local mantido pela Sociedade Assistencial Santo Antonio que administra o asilo. Seus dias eram de rodas de chimarrão com amigos e colegas de asilo. Recebia frequentemente a visita de seu irmão Antonio, cunhada e sobrinhos. Marcelino Vieira em suas tradicionais festas de aniversário, provava todos os quitutes da festa, com preferência para os salgados. Marcelino estava sempre feliz, muito humilde sempre agradecia a presença de todos. Os artistas locais animavam suas festas de aniversário ao som de violão e gaita.

Abaixo, texto publicado no jornal Boa Vista, de Erechim, em janeiro de 2012.


Nesta terça-feira,10 de janeiro, será um dia mais que especial para a Sociedade Assistencial Santo Antônio, de Jacutinga, (asilo de idosos) e para toda a comunidade localizada no Alto Uruguai, perto de Barão de Cotegipe.

Seu habitante mais antigo, Marcelino Vieira, está de aniversário e a direção da instituição está organizando uma festa. Já estão confirmadas as presenças dos diretores da casa de asilo, os 15 moradores do local, amigos e parentes do aniversariante e até autoridades municipais. Haverá salgadinhos, refrigerante, bolo e música ao vivo. E não é para menos. Marcelino Vieira não é um idoso comum. Dia 10 Marcelino completa 106 anos de idade. A festa deve acontecer a partir das 18h no próprio asilo localizado no centro da cidade.

Marcelino Vieira nasceu no dia 10 de janeiro de 1906 na costa do rio Uruguai, na região próxima a Marcelino Ramos, na divisa com Santa Catarina. É membro de uma família numerosa. Com apenas dois anos de idade mudou-se com seus pais para a região onde hoje está situado o município de Quatro Irmãos, que faz divisa com Jacutinga. Neste município viveu com sua companheira Oliva, sempre trabalhando como agregado no meio rural. Não tem filhos. Após cinco anos do falecimento de sua esposa, transferiu-se para o asilo onde se encontra há 12 anos. Homem de vida e costumes muito simples, sempre foi considerado alegre e prestativo. Preocupações não constam do histórico de Marcelino que ainda fuma de dois a três cigarros por dia e não precisa de medicamentos nem para dormir. 






Segundo as funcionárias do asilo, Marcelino Vieira é um dos últimos a se deitar à noite, por volta das 22h e o primeiro a se levantar, entre 6h e 7h quando pode ser visto andando pela cozinha atrás do seu inseparável chimarrão. Tem amizade pelas cozinheiras e vive rodeando o fogão. Alimenta-se com normalidade e sozinho. Tem paixão por rádio onde se diverte ouvindo todos os tipos de música, dando preferência às mais antigas que relembrem um tempo o mais próximo possível quando era ainda jovem. Também assiste à televisão com regularidade. É par sempre pronto e disposto para dançar e cantar nos eventos da Sociedade Assistencial Santo Antônio. 

Tem o hábito de falar alto e segundo um dos membros da diretoria do asilo, Pedro Zangrande “o Marcelino nunca deu problema. É calmo e sereno”. Marcelino Vieira não é fanático por futebol, tanto que torce para Grêmio e Inter, conforme a ocasião e de acordo ‘com a insistência das funcionárias que gostariam de ver o idoso torcendo para o time que cada uma torce’. Não destaca fatos marcantes em sua longa vida, observa que nunca se preocupou com nada, mas recorda de pessoas com as quais conviveu, reconhecendo-as e sabendo até dizer-lhes o nome e o que faziam. Para 2012, o mais antigo habitante de Jacutinga, e talvez do norte do Estado, acredita apenas em coisas boas para o ano que recém está iniciando.
 

Crédito fotos: : Carlos Alberto Bordin/Divulgação.

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