A leitora porto-alegrense Maria Elisa da Silva, filha do dr. Werner, apontou para um importante detalhe sobre a ampliação da BR-480, em comentário publicado neste blog.

Ela lembra que ali fica a nossa famosa "Toca da Onça", que se tornou uma lenda para os cotegipenses, e cabe a nós fazer com que o novo traçado da BR-480 não a destrua. Talvez, sua preservação já esteja incluída no projeto de ampliação, mas caso não esteja, é bom lembrar. Como diz Maria Elisa, "o local deveria ser sinalizado com placas e com explicações sobre a importância do local, que dependendo do modo como for tratado, tem potencial para se transformar em atração turística".

É que a Toca da Onça vai mais além da lenda cotegipense. Ela é uma paleotoca, que serviu de abrigo para grupos de tatus e preguiças-gigantes lá na pré-história. A informação é do professor Prof. Heinrich Frank, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

Frank e de sua equipe, chegaram a essa conclusão graças à expedição do grupo de escoteiros Tropa Sênior Tupinambás, de Erechim, realizada em 2009 e publicada aqui no blog (leia o artigo aqui). Em carta ao deputado estadual Tortelli, que é da região, Maria Elisa solicitou a atenção do parlamentar para o problema. "É um lugar importantíssimo do ponto de vista arqueológico e paleontológico! A importância da estrada é inquestionável, mas não podemos permitir que a paleotoca seja afetada, pelo contrário, além de preservada, precisa ser sinalizada e explicada sua importância por meio de cartazes e divulgação. Um sítio arqueológico preservado como esse, pode tornar-se uma atração turística para a região e não podemos dar-nos ao luxo de perdermos absolutamente mais nada em termos de patrimônio histórico e cultural".

Movimento pela preservação da Toca da Onça.

Para ler mais sobre o assunto, digite Toca da Onça em "pesquise no blog", na coluna à direita.

1 Comentários

  1. A preservação da Toca da Onça é muito importante. Trata-se de um sítio paleontológico, um túnel escavado por um tatu gigante pré-histórico. Além disso, faz parte do imaginário coletivo de Barão de Cotegipe e da região, há muitas décadas. Com um pouco de esforço o traçada da rodovia poderá ser alterado para preservar esse sítio.

    Prof. Heinrich Frank - UFRGS
    Projeto Paleotocas - www.ufrgs.br/paleotocas

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