O Grupo de escoteiros de Erechim, a Tropa Sênior Tupinambás, está de parabéns. Eles conseguiram acabar com o mistério que há muitos anos envolve a Toca da Onça. Entraram na caverna, fotografaram e até fizeram um mapa do local. Um trabalho que merece parabéns, não só pelo registro, mas pelo fato de esclarecer o que é a Toca da Onça e o que se encontra em seu interior. O relato é tão interessante que simplesmente copiei s informações postadas no blog do grupo (http://jornalagralha.blogspot.com/2009/11/tropa-senior-do-tupinambas-visita-toca.html) com a devida autorização do coordenador da tropa Sênior do G.E. Tupinambás de Erechim, que por sinal é o cotegipense Paulo Hübner, filho de seu Alfredo. Confiram:






Desde os primórdios tempos as cavernas encantam o homem. No início, eram usadas como abrigo, nelas foram deixadas restos de fogueiras, alimentos, ossos e pinturas que nos permitem conhecer a vida e os hábitos dos nossos ancestrais. Frágeis e fascinantes, atraem pessoas pelos mais diversos motivos, sejam eles científicos, curiosidade ou aventura, as cavernas propiciam o mais intenso contato com a natureza.
Em nossa região temos a caverna conhecida como a Toca da Onça. Situada na estrada que liga os municípios de Erechim a Barão de Cotegipe nas coordenadas 27º 38' 10,95 S e 52º 201 53,52 W, foi explorada na tarde do último sábado 14, pela Tropa Sênior do G.E. Tupinambás, devidamente acompanhada pela chefia que já havia feito um estudo anterior sobre o local.
Na oportunidade, a caverna foi mapeada pelos jovens que adentraram a mesma com um pouco de receio, pois, afinal, são inúmeras as histórias que relatam que ela servia de habitat para as onças pintadas, muito comum em nossa região.
Suas paredes aparentemente são compostas de rocha calcárea, com aproximadamente 8 metros de profundidade e possui uma curva acentuada para a esquerda na metade de sua extensão. Sua largura varia de 2,70m na entrada a 1,20m no final. A altura também sofre alterações significativas variando de 1m na entrada até 0,50m após a curva.
In Loco, os Sêniors verificaram que a Toca da Onça recebe "visitas", pois foram encontradas garrafas de refrigerante e de bebida alcoólica, o lixo foi recolhido. Para a Chefia do Ramo Sênior a atividade foi válida, pois os jovens tiveram a oportunidade de integrar os conhecimentos recebidos no Movimento Escoteiro realizando uma aventura em pleno contato com a natureza.

Carlos Alberto da Silveira
Assessoria de Imprensa

2 Comentários

  1. Prezado Jorge:

    Vi seu comentário sobre a Toca da Onça de Barão de Cotegipe no jornal eletrônico "A Gralha", do 44 G.E. Tupinambás, de Erechim.

    Mas bah, tchê, isso é uma paleotoca !!! É o que sobrou de um túnel escavado por um mamífero pré-histórico, provavelmente um tatu gigante, com até 200 kg de peso, do Pleistoceno. A onça pode ter reocupado o túnel, mas ela jamais escavou aquilo.

    Faço parte de um grupo que estuda os túneis. Temos um site: www.ufrgs.br/paleotocas e alguns videos no YouTube, basta colocar "paleotocas" no mecanismo de busca.

    Erechim fica meio longe para nós. Será que alguém do grupo não viu marcas de garra nas paredes da paleotoca ? Tem algumas imagens no video do YouTube sobre a "Paleotoca do Arroio da Bica".

    Agradeço a atenção e gostaria de continuar em contato com vocês. Deve haver mais túneis na região.

    Cordialmente,

    Prof. Heinrich Frank
    Instituto de Geociências - UFRGS

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  2. Professor, agradeço seu comentário, que é científico e esclarecedor. Saber que um tatu gigante pré-histórico possa ter feito o túnel é impressionante.
    Vamos manter contato e ajudar a voce e sua equipe no que for possível. abraços
    Jorge

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