Curioso em saber mais sobre o poço artesiano que abastece Cotegipe, entrei em contato com a assessoria de imprensa da Corsan e pedi mais informações. 

Quem respondeu foi o Geólogo Carlos Alvin Heine, Superintendente de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Companhia Riograndense de Saneamento. De acordo com Heine, Cotegipe é abastecido por poço tubular. O primeiro foi perfurado em 1973 e o segundo foi perfurado ao lado do primeiro, em 1988. Este poço tem uma vazão de 30.000 litros por hora. Geralmente poços como esse tem uma profundidade média de 150 metros. 

A água que os cotegipenses bebem provém do Sistema Aquífero Serra Geral – não é do Aquífero Guarani. A diferença técnica, segundo Heine, é que no Sistema Aquífero Serra Geral a água circula nas fraturas, ou seja, funcionam como linhas abertas para circular a água. Já o Aqüífero Guarani é o maior manancial de água doce subterrânea do mundo. Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total), abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  

“Os poços tubulares suprem as necessidades atuais de Barão do Cotegipe, e tem, como se constata nestes últimos anos, uma melhor confiabilidade de abastecimento, pois não alteram a vazão em períodos de estiagem, pelas características de recarga, armazenamento e circulação das águas subterrâneas”, explica. 

Segundo ele, o abastecimento à população urbana de Cotegipe está garantido e a qualidade da água captada está dentro dos padrões de Potabilidade exigidos e monitorados rigidamente em obediência à Portaria 518/ 2004 do MS. No entanto, Heine faz um alerta: se houver uma proliferação de poços artesianos particulares, sem registro no órgão ambiental (SEMA-DRH), pode sim ocorrer interferência entre poços e esgotamento da água. Ou seja, por enquanto Cotegipe é um oásis na região.

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