Além de Dona Zelândia, outro personagem inesquecível de Cotegipe é o velho e simpático Odilo. Quem não lembra dele? A sua ferramenta de trabalho era a picareta ou a enxada, que ele graciosamente chamava de caneta, já que não tinha estudo. Seu Odilo era pau pra toda obra. Fazia de tudo em todos os lugares. Estava sempre lá em casa, pois meu pai tinha um apreço especial por ele. Sempre que podia, ajudava. Seu Odilo não negava serviço, por mais pesado que fosse. Tinha o corpo franzino, meio curvado, e as roupas geralmente cobertas de terra ou barro. Sempre bem humorado, logo depois do almoço ia entrando pelo quintal lá de casa chamando “Seu Albino...”. Sentados à sombra do parreiral, tomavam umas cuias de mate e depois iam para o trabalho. Sua mão-de-obra prestou um grande serviço para Cotegipe. Grande figura.

3 Comentários

  1. Olá Jorge

    quanta saudade, sou o irmão mais novo do Itacir, Gladimir,Neuza, Silvana, Shirleyda Famílio Longo Carlos e Zelinda, dou graças a Deus por ter um apaixonado por Cotegipe como você que possa estar passando preciosas informações sobre a nossa querida terra, inclusive vou lhe dar uma grande informação, o Itacir me contou - na época eu era pequeno e acreditava piamente, que o oceano atlântico se formou graças a uma grande chuva que se transformou numa enchente no glorioso rio Jupirangaba, lá pelos idos dos anos de 72/73. Não há nada que faz eu mudar esta idéia. Leio seus e-mails e peço que continue este lindo trabalho de resgate de fotos e contos, gostaria muito de ver a foto do Leão Baio do moro do Baideck, sempre soube que era um monstro que comia uma vaca por dia. Coitado dos seu baideck, toda a sua produção era pra alimentar o leão.
    um forte abraço. Moro em Peixoto de azevedo no norte do estado do Mato Grosso, e mais pra frente tem o LUiz Donim, que mora a uns dez quilometros daqui.

    Vilamir José Longo

    Diretor Comercial do Mercadão Rua Thiago Nunes n° 623 centro
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  2. Vilamir, muito obrigado pela consideração. Mas sabe, eu acho que tive a mesma concepção de como surgiu o mar. Acostumado com os rios de Cotegipe e naquela época não tinha internet e a TV ainda preto e branco, quando fiquei sabendo que existia aquela mundão de água, fiquei assustado. Também pensei que tinha chovido muito em algum lugar e ai o mar surgiu. Boas lembranças. Quanto ao leão baio, deve estar pelas montanhas que cercam Cotegipe, mas até agora ninguém viu ele, ehehe..
    continuem mandando suas histórias..abraços
    jorge

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  3. Cadê o grande Odilo de hoje? Não existe mais; mesmo sendo franzinho era um gigante em competência, honestidade, amizade e alto astral. Hoje é na base da malandragem, temos vergonha de ser honestos.


    Armando Leszczinski

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