Minha mãe tinha um ritual sagrado todo final de ano, que era lavar a casa, ou melhor, fazer uma faxina completa na casa para receber filhos e parentes no Natal e Ano-Novo. Muitas vezes eu era encarregado de lavar a calçada. Ficava um cheiro de terra fresca no ar.

Na época, como todo moleque, não gostava muito de fazer isso, mas fazia. E hoje 50 e tantos anos depois, me vejo fazendo a mesma coisa, preparando a casa para receber os filhos nas festas de fim de ano, lavando a calçada e sentindo novamente aquele cheiro de terra fresca, que aliás, motivou esta lembrança e a escrever estas poucas linhas.


Depois disso, em uma fase posterior, já morando fora de casa, era o prazer de retornar e encontrar a casa limpa e sentar com meu pai no final de tarde na calçada e sorver uns goles de uísque, que ele tanto gostava. Aí então apareciam os amigos dele e alguns amigos meus também.
Então a mãe preparava um petisco com azeitonas, queijo e algo mais e ali ficávamos horas conversando e vendo a noite chegar. Este era o clima de preparação para o Natal e Ano-Novo.


Depois vinha o ritual sagrado de participar da missa do Galo e por fim fazer a nossa bagunça na virada do ano. Algumas festas eram em Cotegipe e outras em bailes nas colônias. Tudo sempre em alto astral e com bons companheiros. 

Leia mais sobre estas festas clicando aqui

Que os bons ventos nos tragam um 2019 rico em alegrias, saúde, companheirismo e claro, com emprego e dinheiro no bolso.

Bom princípio e corragio nenê

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