Antigamente, quando tempestades se aproximavam de Cotegipe as mães colocavam as crianças para rezar enquanto queimavam ramas de oliveira para que o estrago não fosse tão grande. Nós, crianças, morríamos de medo, pois parecia que o vento ia carregar as casas de madeira. Era assustador. Lá fora, o vento torcia as árvores e o granizo batia forte na parede, querendo entrar a todo custo. A única luz era das velas e dos relâmpagos que corriam por fora. Quanto maior a trovoada, mais alta era a reza e maior o medo.
No entanto, as antigas tempestades não chegam aos pés da microexplosão climática que atingiu o interior do Rio Grande nesta tarde de quinta-feira. E a tendência é piorar, graças ao aquecimento global. Enquanto ai no Sul chove sem parar, aqui em São Paulo o calor é de rachar e a secura do ar deixa as pessoas doentes. A capital registrou a temperatura mais alta do ano. E ainda estamos no inverno....

2 Comentários

  1. "Caro Jorge, podemos não rezar com as crianças , mas continuamos sim, queimando olivo bento e, graças a Deus e a capelinha que passa de casa em casa, não acontece nada em nossa cidade. Aqui pode ameaçar mas não acontece nada!
    Dizem que o falecido padre Polon, disse que enquanto a capelinha passasse de casa em casa os temporais não fariam estragos aqui". Rosângela

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