A história mostra que um povo sem passado é um povo sem futuro. Os jovens de hoje pouco ou nada sabem sobre o passado local. A culpa não é deles. Falta quem, ou o que, lhes transmita a nossa história. Não deveria ser assim. 

Barão de Cotegipe surgiu da rica concentração das culturas italiana, polonesa, alemã, húngara, russa e claro, brasileira. Foram heroicos desbravadores que deixaram seus países em busca de um sonho. Atravessaram o Oceano Atlântico em navios abarrotados de gente e de doenças, depois se embrenharam mato adentro no lombo de cavalos para construir um lar e um futuro longe de suas pátrias. E como nós estamos preservamos o passado desta gente heroica?

As memórias estão fadadas a morrer junto com estes desbravadores? 

Temo que sim, se nenhuma atitude for tomada rapidamente. É mais do que oportuno que as instituições públicas e privadas se unam e construam um Centro Cultural ou um Museu para abrigar esta memória. Material é o que não falta. Há alguns anos, por exemplo, assisti uma preciosidade histórica, parece-me que feita por um padre polonês, sobre a Festa das Capelinhas. As imagens, em preto e branco, mostravam as procissões vindas das colônias, a igreja antiga, as crianças vestidas de anjinhos, a roupa da época, os carros, enfim, um documento de alto valor histórico. 

Memória

Além disso, muito já se escreveu e pesquisou sobre Cotegipe. No entanto, aposto que em cada lar existe um objeto antigo, uma foto, um ferro de passar roupa, uma ferramenta, uma carta ou uma lembrança que representa um pedaço importante da história. Muitos até consideram estes objetos antigos um estorvo e se não deram um fim, em breve darão. 

Um Museu ou um Centro Cultural serviria para recolher e catalogar estes objetos e a partir daí montar a nossa história. Certamente, nossos filhos e netos agradecerão por lembrar a eles quem construiu nosso futuro. Agora é uma boa época para cobrar dos nossos candidatos a vereador e prefeito uma posição sobre o tema.

2 Comentários

  1. Jorge, vem conhecer o arquivo histórico do CTG Rancho Amigo,lá tem muitos objetos q foram doados por membros da nossa comunidade. Pra ti ter uma idéia, tem uma máquina de costura importada uma lousa que os alunos usavam, um tinteiro, tem até um desnatador manual de leite (ñ sei se esse é o nome correto)entre tantas peças, são muitas. Em 2010, saiu um reportagem na RBS sobre o arquivo, o mérito desse local é do sr. Zeno Niec.

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    1. Que maravilha anônimo (vê se na próxima vez se identifica, fica melhor pra gente se conhecer). Não sabia desse museu no CTG. Já é um passo importante para guardar nossa história e nossas lembranças. Meus parabéns ao sr. Zeno Niec pelo belo trabalho. Gostaria de receber mais informações e fotos do museu. abraços

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