O velho Café/Rodoviária do seu Olivo. Época marcante para várias gerações























    Dias desses publiquei no Facebook a foto acima do velho café e rodoviária do seu Olivo. A foto mexeu com os cotegipenses dos quatro cantos do mundo. Antes de continuar, vou tentar identificar os personagens da foto. No canto esquerdo aparece o pneu traseiro da minha velha e querida companheira de aventuras pelas colônias, a bicicleta Caloi barra forte pneu linguiça. Na sequência, não consegui identificar o BM que está em pé. O primeiro sentado é o amigo Edgar Tussi e depois sou eu. Os demais também não reconheço. Alguém sabe quem são?

    Bem, vale dizer que depois da igreja o Café era o principal ponto de encontro de Cotegipe (ou
o contrário, não sei). Era ali que a gente se reunia todo final de semana para conversar, beber, encontrar os amigos e sair para bailes e festas. Quando criança costumava ir com meu irmão tomar sorvete e assistir televisão no Canal 5. Entrar ali para uma criança era entrar no mundo dos adultos. Ficava receoso. Também era estar no lugar mais agitado da cidade, era estar na “onda”. Ali estavam os malandros, os descolados e também as famílias.

    O Café do seu Olivo era um lugar especial. Fim de semana era obrigatório passar por lá e tomar um sorvete. Por falar em sorvete, durante algum tempo eu levava entre cinco e dez litros diários de leite da vaca holandesa do
meu pai para seu Olivo fazer os deliciosos sorvetes. Ia de bicicleta, levando um taro de cada lado e muitas vezes eles não chegavam inteiros ao destino. O leite ficava pelo caminho e eu com um machucado no joelho, rs rs.

    O café também era rodoviária. Durante o dia era ponto de partida e chegada, principalmente para a distante Erechim, naquela época.
E tinha os ônibus da família Cavalim e da Unesul, que nos levavam para destinos mais distantes, como Porto Alegre ou Cascavel.

    Mas o velho casarão não existe mais, deu lugar a um novo prédio de alvenaria. Sinal dos tempos. Ficou na nossa lembrança e nesta bela foto. Lembranças que ficam de uma época adorada por todos. O Café do seu Olivo, bem como sua família, marcaram época de toda uma geração de cotegipenses. Fiquemos com as lembranças, que devem ser repassadas aos nossos filhos e netos.



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