Deputados discutem na Comissão de Ética: vergonha


O fim de ano está chegando e temos o que comemorar. Em algum momento, caro leitor, você imaginaria que veria deputados, senadores, banqueiros e donos de ricas empreiteiras (citando só as principais, Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, UTC) do País na cadeia?

Você imaginou que ministros teriam suas casas vasculhadas pela Polícia Federal? Imaginar até que sim, mas que isso viraria realidade era um desejo distante neste Brasil marcado pela impunidade.

Estamos fechando o ano com uma pancada desses influentes personagens da vida nacional atrás das grades e muitos outros estão na fila. Já sentimos reflexos em Campinas e Paulínia. Pode-se falar o que quiser deste governo, mas em qual outro vimos isso acontecer? Calma, não estou defendendo ninguém, só estou refletindo aqui com meus botões.

Sempre soubemos que essa farra com o dinheiro público existia, mas nunca nada tão sério e profundo como o juiz Sergio Moro está promovendo, foi feito.

O fato é que são poucos os políticos que estão dormindo tranquilos. A cada dia uma quantia generosa deles tem o sono interrompido pelas fortes batidas na porta de suas mansões por homens da Polícia Federal. Dos lençóis de seda são levados para os farrapos da cadeia. Alguns saem logo depois, mas sabem que a qualquer momento podem voltar para ficar um período bem mais prolongado. É visível o estado “acabado” em que ficam. Tiveram o reinado, a impunidade, a arrogância e o poder de influência abalados.

Na terça-feira, durante os acalorados debates na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados (tem que ter sangue de barata para assistir) um deputado falou a única coisa certa. “Aqui virou um antro de quadrilhas. Tem a quadrilha do Eduardo Cunha, a quadrilha da Dilma, a quadrilha do Renan e todos estão brigando entre si”. Perfeito.

O navio está afundando e os ratos brigam entre si para se salvar. Destaque para o deputado Eduardo Cunha e seus asseclas, que com sua astúcia, picaretagem, sede de poder e a maior cara de pau deste universo, conseguiu parar o País. Restam poucos dias para o ano acabar, mas ainda teremos muitas novidades no cenário nacional.
Após toda essa destruição, algo bom tem que surgir desse mar de lama. É uma oportunidade para mudar o curso da história. É evidente que o País precisa de uma reforma política, de uma nova forma de governo. No próximo ano teremos eleições municipais. Vamos começar 
por aí.
O ano de 2016 terá que ser melhor.

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