Publicado  no jornal 
CORREIO POPULAR

07/06/2014 - 05h00 



Hoje à noite, a mil quilômetros de Campinas, minha irmã e seu marido comemoram com amigos, vizinhos, filhos, noras e netos, 50 anos de vida em conjunto. Dividir o mesmo lar com outra pessoa por 50 anos é algo, hoje em dia, coisa do passado. Assim como a internet, a vida amorosa é instantânea, rápida e rasa. O grande amor começa hoje e termina amanhã. E são muitos os motivos para não se perpetuar um casamento, portanto, a novidade é alguém ficar junto com outro alguém por livre, espontânea e amorosa vontade, durante 50 anos.

Minha irmã e seu marido se conheceram ainda jovens e casaram jovens. Ela, dona de casa, mas que logo encontrou uma atividade para ajudar o marido na renda familiar. Ele, um homem tranquilo, estudioso e dedicado à religião. Era, e sempre foi, voluntário na comunidade. Ajuda desde o padre na igreja e o professor na escola até o time de futebol, esporte que adora e joga até hoje, junto com os filhos e amigos. Seu outro esporte preferido é a bocha. A passagem pelo Clube Internacional todo domingo é sagrada, mas não é somente ele que participa da vida comunitária. Minha irmã o acompanha em todas as atividades. É um casal reconhecido na cidade.


O tempo passou e eles sempre demonstrando amor e carinho pela vida conjunta. Dessa união, nasceram dois meninos. O amor se afirmando em cada palavra, gesto, cor ou símbolo. Os filhos, assim como vieram para alegrar a casa, saíram para cuidar de suas vidas. Aquele lar, antes cheio de gente, agora é só deles, e eles gostam disso. Vivem aquela cumplicidade de casal amoroso. É gostoso de ver. E logo vieram os netos trazer mais alegria.

O tempo passou e o casal chegou aos 50 anos de vida conjunta. E quando a idade e a aposentadoria chegaram, eles não se entregaram. Ele voltou a estudar para completar aquilo que tinha sido obrigado a deixar para trás. Nas horas vagas, entrou para um coral italiano. Logo levou a mulher para também participar.

Hoje à noite eles pretendem se divertir, dançar, cantar, rir muito e brincar com os filhos, netos e amigos dessa longa jornada. Infelizmente não poderei participar desse momento glorioso na vida de um casal. Cinquenta anos depois, o amor entre os jovens continua mais vivo do que nunca. E há mais motivos para isso, no próximo dia 13, dia de Santo Antônio, minha irmã faz aniversário, mas antes disso, dia 12 é o Dia dos Namorados, um dia feito para eles e para as pessoas que mantêm o amor vivo em suas vidas. Que sejam felizes pela eternidade.

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem