Continuação da reportagem do Jornal da Unicamp
A macelinha foi instituída, em 2002, como a planta medicinal símbolo do Estado do Rio Grande do Sul, onde é muito utilizada. Lá, a extração da natureza é cercada de misticismo e religiosidade. Os gaúchos acreditam que as funções terapêuticas da macelinha são potencializadas caso os indivíduos sejam colhidos durante a Semana Santa, de preferência ao alvorecer da Sexta-feira da Paixão. A época de florescimento, entre os meses de março e abril, coincide com o período religioso.
Além de servir ao preparo de chás para o tratamento da má digestão e cólicas, as flores da macelinha também são muito empregadas no enchimento de travesseiros e almofadas. O aroma desprendido, acredita-se, tem uma ação calmante sobre as pessoas, especialmente crianças. A espécie ocorre na América Austral, florescendo naturalmente no Paraguai, Uruguai e Brasil, com maior predominância na Região Sul, nas faixas que contêm solos arenosos e basálticos. Também podem ser encontradas em algumas cidades dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Por Manuel Alves Filho

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